quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nachtzehrer


Olá,
Cada país, tem as suas lendas sobre vampiro; encontrei até mesmo lendas de vampiros, no folclore japonês e chinês. Aqui, tentarei relatar como surgiu as lendas ao redor do mundo. Começarei com a Alemanha.


A Alemanha tem forte influência no mito do vampiro.  No século 10, o povo eslavo chegava até a Alemanha ocidental, e assim as duas culturas se misturavam, dificultando assim a diferenciação de certas lendas.
Naquela época o vampiro mais conhecido nas lendas alemãs, era o “Nachtzehrer” ou “devastador noturno”, o vampiro da Alemanha do Norte. O vampiro do sul, era o “Bluatsauger”, literalmente “sugador de sangue”(esse termo na Alemanha é usado, para descrever uma pessoa chata e desagrádavel). E há também um terceiro tipo de vampiro, que era o “Naschttoter” ou “matador noturno” e “Neuntoter” o “matador das nove”, (um vampiro pontual). Eles mudavam os nomes conforme a região das aparições, mas cada um acabava tendo uma peculiariedade, como o “Blutasauger”, que diziam ser bem pálido e lembrava a descrição de um zumbi.

O “Nachtzehrer” se originava de uma morte fora do comum. Se a pessoa cometesse suicídio, ou morresse em um acidente, era provável que virasse vampiro. Em caso de epidemias, eles também acreditavam, que poderia ser os vampiros. Eles também acreditavam que se não retirasse o nome da pessoa de suas vestes fúnebres, ela poderia voltar como vampiro.
No túmulo, acreditavam que os “Nachtzeher” mastigavam as suas próprias roupas e suas extremidades, seus rostos estariam intactos, mas suas mãos e outras extremidades, estariam mastigadas. Os vampiros então se levantariam das tumbas, e buscariam o corpo de outras pessoas para se alimentar; sempre acompanhados de uma mulher, que provalvemente teria morrido no parto. E quando seus caixões fossem abertos, veriam o vampiro deitado em uma poça de sangue, pois eles comiam tanto ao ponto de seus corpos nem ao menos reter todo sangue consumido, (olá dieta).
Para evitar ataques, as pessoas faziam de tudo. Colocavam torrões de terra debaixo do queixo dos vampiros, colocavam moedas o pedras na boca do “suposto” vampiro ou amarravam um lenço no pescoço. Como medida mais dramática, decapitavam os corpos, ou enfiavam uma estaca em sua boca prendendo a cabeça no chão e colocando a língua no lugar.
O folclore bávaro,  diz que uma pessoa não batizada se tornava vampira (lá eles são muito católicos); também se tornava vampiro se comesse carne que tivesse sido morta por um lobo. Se durante o sepultamento, algum animal pulasse sobre a sepultura, poderia fazer com que a pessoa voltasse como vampira. Dizem que se uma freira fizesse isso, surtiria o mesmo efeito.
Mas se um fosse um “Blutasauger” que estivesse na vizinhança, os moradores ficavam dentro de casa à noite, untavam as portas e janelas com alho e colocavam espinheiros em volta de casa. Se um vizinho tivesse um cão preto, pintavam um par de olhos extras nele, para afastar o vampiro. Para se matar um vampiro de modo eficaz, recomendava – se enfiar uma estaca no coração e alho em sua boca.
Anos depois as lendas foram se aprimorando e crescendo. Logo todas essas lendas se tornaram os vampiros que conhecemos hoje.
Por enquanto eu fico por aqui.

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